Bá e Patricia
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Os Direitos Humanos - Racismo
DIREITOS HUMANOS
Racismo :
O racismo surge na Cultura Ocidental, ligado a certas
concepções sobre a Natureza Humana que justificaram a discriminação dos
seres humanos, tendo em vista a sua exploração.
Até ao fim da Idade Média (século XV), a
discriminação era feita com base em dois tipos de argumentos: os baseados na
cultura e os apoiados na condição social.
Os Gregos apoiaram-se sobretudo o primeiro tipo de argumentos. Sentiam-se
superiores em relação aos outros povos porque se achavam mais cultos.
Durante
o Império Romano e na Idade Média, preponderam as discriminações
baseadas na condição
social. Os nobres na Idade Média, por exemplo, eram reconhecidos como
superiores em relação aos outros grupos sociais, porque
gozavam de certos privilégios que haviam herdado ou lhes fora atribuído por um
Rei. Estes e outros privilégios estabeleciam uma hierarquia entre os seres
humanos, fazendo com que uns fossem reconhecidos como superiores aos
outros.
As primeiras concepções
racistas modernas surgem em Espanha, em meados do século XV, em torno da questão
dos judeus e dos muçulmanos. Até então os teólogos católicos
limitavam-se aqui a exigir a conversão ao cristianismo dos crentes destas
religiões para que pudessem ser tolerados. Contudo, rapidamente colocam a
questão da "limpieza de sangre" (limpeza de sangue). Não basta
convertê-los, "limpando-lhes a alma", era necessário limpar-lhes
também o sangue. Só que acabam por chegar à conclusão que este uma vez
infectado por uma destas religiões, permaneceria impuro para sempre. A
religião determina a raça e vice-versa. No século XVI esta concepção é
estendida ao Indíos e Negros. Nenhuma conversão ou cruzamento destas
raças, afirma o espanhol Frei Prudêncio de Sandoval, é capaz de limpar a sua natureza
inferior e impura. A única cura possível, nestes casos, é o extermínio.
Entre Sandoval e Adolfo Hitler existe uma linha de continuidade de ideias e
práticas racistas (J.H.Jerushalmi).
Ainda
no século XVI, como refere Hannah
Arendet, surgirá na França uma outra concepção racista que será
retomada por outros ideologos racistas mais recentes. François Hotman
sustenta então que existia na França duas raças diferentes: a dos nobres
e da do povo. A primeira, de origem germânica, era a raça dos fortes e
conquistadores. A segunda, a dos vencidos e antigos escravos. Trata-se de
uma argumentação que procura sustentar em termos rácicos o poder e a
supremacia da nobreza em toda a Europa.
A questão da violência em que
assentava a escravatura, será um dos principais argumentos utilizados
utilizados entre os séculos XVI e XVIII para a condenar. | |
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